
O comando unificado de greve dos estudantes, técnico-administrativos e professores vem por meio desta nota se manifestar sobre o ocorrido no dia 16 de novembro.
Cerca de 20 pessoas encapuzadas pertencentes ao Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) agrediram técnico-administrativos e estudantes da UERJ, militantes e simpatizantes do PSTU logo após o fim de uma atividade deste partido sobre o centenário da revolução russa realizada na universidade. Na agressão foram utilizados porretes, choque elétrico e soco inglês.
Repudiamos categoricamente estas agressões. E somos veementemente contra a utilização de violência como método de resolver diferenças e polêmicas políticas no seio do movimento social. Este tipo de prática é nocivo a luta dos trabalhadores, ainda mais neste momento onde precisamos estar unidos para barrar os ataques de Pezão, Temer e Crivella.
As diferenças existentes dentro do movimento estudantil e sindical é natural já que há várias tendências políticas e ideológicas atuantes na UERJ. Infelizmente, o MEPR tem como prática recorrente a intimidação e agressão contra os que consideram seus inimigos dentro do movimento. Isto é inaceitável.
Os movimentos estudantil e sindical da UERJ não podem mais aceitar este tipo de práticas e as organizações que as promovem e as reivindicam. É preciso que o movimento de conjunto garanta espaços cada vez mais democráticos sem intimidações e agressões. E que todo o movimento atue de forma coletiva para coibir que estas práticas ocorram e para constranger a organização que se utilizar da intimidação e agressão contra aqueles que têm opiniões políticas diferentes da sua.
Chamamos outras entidades e organizações ao debate e posicionamento sobre o ocorrido. Esperamos o repúdio aos agressores e a mais ampla solidariedade aos vitimados, através da subscrição desta nota.