Nesta semana, trabalhadores e estudantes promoveram uma série de atividades com vistas a colocar a prestação dos serviços públicos, e a Educação em especial, no seu devido lugar: como prioridade do Governo.

Primeiros a se manifestar, os estudantes afirmaram que a reitora da Uerj, Gulnar Azevedo, apresentou o Aeda que suprime direitos de estudantes “na calada da noite”. E compararam: “imaginem se tivessem acabado com o Prociência da noite para o dia…Seria uma caos!”. Eles defenderam a unidade dos três segmentos contra o Aeda e pela luta por mais orçamento para a Uerj.
A presidente da Asduerj, Amanda Moreira, defendeu a necessidade de recuperar o diálogo dentro da universidade. “Não é a primeira crise que a universidade enfrenta, sobretudo num cenário de neoliberalismo”, lembrou.
Diferentes pronunciamentos ressaltaram que a luta da comunidade universitária não pode se restringir `a busca por suplementação orçamentária, mas principalmente `a obtenção de orçamento mínimo que atenda `as necessidades de funcionamento pleno da Uerj, uma instituição crucial para a sociedade por suas atividades de construção de conhecimento e prestação de serviços públicos. Em consequência, a tesoureira da Asduerj classificou afirmou que a política de austeridade fiscal na Educação pública também deve estar no centro do debate, assim como a autonomia financeira da universidade.
A coordenadora geral do Sintuperj Regina de Souza afirmou a importância da Concha Acústica como espaço histórico de construção das lutas coletivas. De acordo com ela, ser uerjiano é ser lutador por direitos, principalmente em circunstâncias que apontam para o desmonte do serviço publico. A coordenadora fez uma saudação `a juventude pela luta protagonizada.
Bianca Mantovani, coordenadora de Formação e Comunicação Sindical do Sintuperj, reafirmou que o momento enfrentado pela UERJ exige ação coletiva. Reiterou que os alunos lutam pela educação pública, gratuita e de qualidade. Afirmou que a reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) é fundamental para garantir a qualidade do quadro técnico-administrativo da universidade. E reiterou que a retirada dos auxílios Saúde e Educação tem agravado a situação, fazendo críticas inclusive `a supressão dos auxílios pagos a servidores aposentados que possuem dependentes com deficiência. A coordenadora reiterou a necessidade de união na luta para superar as restrições do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e garantir direitos.
O coordenador Social, Cultural e Desportos Sérgio Dutra também esteve presente à Mesa.
Servidores vão ao Palácio Guanabara cobrar recomposições

Em meio a palavras de ordem como “Claúdio Castro caloteiro, cadê o meu dinheiro?”, os manifestantes ressaltaram que algumas reuniões entre o Governo e uma comissão formada por seis servidores do Fosperj discutiram formas de o Governo pagar a dívida com os servidores do Executivo, mas que na hora de o Executivo apresentar uma proposta de acordo parou de receber a representação dos trabalhadores. Além disso, os servidores ressaltaram que a lei que prevê as recomposições salariais não faz distinção entre servidores. Dessa forma, o direito abrange a todo o funcionalismo público.
A manifestação fechou uma das pistas da Rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras. Os servidores ressaltaram que não querem mais lidar com representantes do Governo que não têm poder de decisão, e exigiram uma resposta definitiva. E diante da falta de qualquer resposta do Governo aos manifestantes, afirmaram que o ato público deste dia 28/08 seria um ultimato ao governador.
Pelo Sintuperj, estiveram presentes a coordenadora geral Regina de Souza, a coordenadora de Formação e Comunicação Sindical, Bianca Mantovani, a coordenadora de Saúde e Segurança do Trabalhador, Simone Damasceno, o coordenador Social, Cultural e Desportos, Sérgio Dutra.
Ato em defesa da Educação mobiliza servidores e estudantes
A quinta-feira (29/08) também foi marcada por manifestações de servidores e estudantes. Desta vez organizado pelo Fórum dos Segmentos da Educação Pública do Rio de Janeiro (Feperj), o ato público tinha como mote a valorização da Educação pública sob diversos aspectos.
Um dos temas que pautaram a manifestação foi a falta de investimentos na Educação pública, como o baixo orçamento disponibilizado pelo Governo estadual à Uerj e o não pagamento de direitos como os auxílios dos servidores.
Houve também diversos questionamentos às constantes operações policiais, sobretudo em favelas, e que resultam em exposição de profissionais da Educação e estudantes à grandes riscos em meio a troca de tiros, mesmo dentro das unidades escolares já que muitas não são de alvenaria, suspensão de aulas e não funcionamento de escolas. Além disso, houve várias denúncias que apontaram para violações de creches e casas pelos policiais.
Com a participação da coordenadora geral do Sintuperj Regina de Souza e da coordenadora de Saúde e Segurança do Trabalhador, Simone Damasceno, os manifestantes iniciaram a manifestação em frente à sede da Prefeitura, onde funciona a Secretaria Municipal de Educação, saíram em passeata até à Secretaria de Estado de Educação e se dirigiram até à Uerj.














