O Auditório Ney Palmeiro, no Hospital Universitário Pedro Ernesto, recebeu a Assembleia dos técnico-administrativos da Uerj, nesta segunda-feira (09/09).
Durante os informes, a coordenadora geral do Sintuperj Cassia Gonçalves afirmou que a Procuradoria Geral da Uerj elaborou parecer em defesa dos direitos dos aposentados regredidos da categoria T2 para T1 pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), e que também ameaça servidores ativos. Além disso, a coordenadora afirmou que o sindicato vem cobrando que a Reitoria dê andamento aos processos SEI de inclusão dos auxílios nos contracheques.
Trazendo informações do Fórum Permanente de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Fosperj) e do movimento “Recomposição Já”, que luta pela recomposição não paga aos servidores vinculados ao Poder Executivo, Sérgio Dutra afirmou que durante as negociações no Palácio Guanabara o Governo apresentou planilha que indica R$ 4,1 bilhões de impacto para o pagamento da recomposição concedida somente aos servidores do Legislativo e do Judiciário. A negociação, segundo ele, está travada e os servidores tentam retomá-la com realização de atos públicos. Ele ressaltou ainda que a possibilidade de greve foi colocado em pauta no Fosperj, mas a grande maioria descartou por entender que não é o momento. O coordenador aproveitou para reiterar a necessidade de os trabalhadores comparecerem em maior número às manifestações públicas.
A coordenadora geral do Sintuperj Cassia Gonçalves reiterou seu posicionamento pela saída dos técnicos-administrativos do estado de greve. Segundo ela, a greve hoje não ajuda os técnicos em nada. “Temos pendências, sim. Já colocamos na Justiça o pagamento dos auxílios, e está no agravo. Com retroativo a março de 2022”, ressaltou. Ela ainda reforçou as palavras do coordenador Sérgio, de que não há nenhuma categoria que compõe o Fosperj cogitando greve, mesmo estando todos no mesmo barco: sem a recomposição salarial.
De acordo com a coordenadora geral Regina de Souza, greve tem que ser feita no momento certo. “Não adianta fazer greve com meia dúzia de pessoas na rua. Temos que brigar pelo nosso PCC, pelos nossos auxílios que estão na Justiça. E a gente negocia com o Governo porque é ele quem tem “a caneta”. Ela acrescentou que a atual Diretoria do Sintuperj tem credibilidade porque luta por direitos, e não para fazer barganha.
O conselheiro Jorge Luís Mattos (Gaúcho), afirmou que a questão envolvendo os estudantes da Uerj, que estão paralisados pela retomada de direitos suprimidos pela Reitoria, não pode ser misturada com as pendências técnico-administrativas. Ele reiterou o apoio à causa dos estudantes, mas afirmou que os técnicos são os únicos que têm projeto de lei em negociação com a Casa Civil.
Ao final da Assembleia, a grande maioria dos técnico-administrativos entendeu que o momento político não é favorável à um movimento paredista, e votou pela saída do estado de greve: 102 x 61. Veja essa e as demais deliberações da Assembleia, abaixo: