O Pré-vestibular Social do Sintuperj foi declarado patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro, em votação realizada pela Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (25/06). De autoria da deputada estadual Lilian Behring (PCdoB), o PL 5231/2025 foi apresentado no último dia 28/04, e é fruto de uma reivindicação da coordenadora de Formação e Comunicação Sindical do Sintuperj, Bianca Mantovani – encampado pelas coordenadoras gerais do Sintuperj Cassia Gonçalves e Regina Souza – por ocasião do evento “Mulher: a força que transforma o mundo”, realizado pelo sindicato no último dia 27/03.
Durante as discussões, parlamentares ressaltaram a importância social do projeto que, ao longo de seus 27 anos, já possibilitou o acesso de milhares de estudantes de baixa renda ao ensino superior. Dessa forma, o projeto notabiliza-se como uma grande ferramenta de inclusão e combate às desigualdades sociais.
O Projeto de Lei (PL) 5231/2025 recebeu pareceres favoráveis das comissões de Constituição e Justiça, de Cultura e de Educação, antes de ser aprovado em primeira discussão.
Estudantes do Pré-vestibular encheram as galerias com cartazes defendendo a aprovação do PL. Com eles, também estavam professores do curso preparatório e servidores que levaram seu apoio.
A coordenadora geral do Sintuperj Regina de Souza, e coordenadora de Formação e Comunicação Sindical Bianca Mantovani e o delegado sindical Sintuperj/Hupe, Jorge Luís Mattos (Gaúcho) acompanharam a votação no plenário.
Ao final da votação, os diretores do sindicato e a parlamentar Lilian Behring foram ao encontro dos estudantes, nas galerias, e parabenizaram o projeto pela grande conquista.
Para Bianca, o projeto de lei representa não apenas o reconhecimento de uma trajetória de luta e compromisso com a educação pública e popular, mas também a valorização de uma iniciativa que transforma vidas há mais de duas décadas. “Esse reconhecimento é uma vitória coletiva. O nosso pré-vestibular é construído com o esforço de professores, alunos, militantes e apoiadores que acreditam na educação como ferramenta de transformação social.
Criado por iniciativa de servidores da Uerj antes mesmo da fundação do próprio Sintuperj, quando a categoria era organizada em associações, o curso popular tem sido porta de entrada para o ensino superior para centenas de jovens e adultos de comunidades do Rio de Janeiro, promovendo inclusão e justiça sociais e democratização do acesso à universidade. A proposta de reconhecimento como patrimônio cultural imaterial reforça o valor simbólico e social do projeto para o Estado.