Introdução
A violência moral, física e sexual no trabalho representa um risco invisível, porém real, sério e perigoso. Acidentes e doenças causadas no ambiente de trabalho, em especial perturbações mentais ou danos psíquicos, devem ser considerados como consequências dessa violência.
O Assédio Moral não constitui fenômeno novo, muito pelo contrário, está fortemente entranhado na cultura das relações de trabalho no Brasil, embora esse fenômeno venha sendo discutido e conquistado espaço na imprensa, no meio jurídico e político brasileiro o assédio moral é uma prática antiga nas relações de trabalho.
Como identificar o assédio moral?
Segundo estudo da OIT o assédio moral consiste na exposição do trabalhador a situação de constrangimento, humilhação, degradação, menosprezo, inferiorização, ridicularização, culpabilidade, descrédito diante dos colegas e afins.
Assim, assédio moral é toda e qualquer conduta abusiva (gesto, palavras, comportamento ou atitude) que se caracteriza por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou a integridade psíquica ou física do trabalhador, trabalhadora ou grupo de trabalhadores, ameaçando seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho.
O assédio moral causa desordens emocionais, atinge a dignidade, a identidade, altera valores, causa danos psíquicos, interfere negativamente na saúde e na qualidade de vida podendo até levar à morte.
Conhecendo ao assédio moral
O assédio moral não está restrito ao poder hierárquico, é extensivo a qualquer um no ambiente de trabalho, do superior à base do quadro, podendo ser classificado em 4 tipos como:
1 – Assédio Moral Vertical
Ocorre quando existe uma relação de superioridade, e é praticado pelo superior hierárquico (Chefe, Diretor, Supervisor ou Patrão) para com seu(s) subordinados.
Exemplo: dar ao subordinado uma tarefa difícil, ou que não faz parte de suas funções com objetivo de procurar erros que ele tenha cometido para depois expor.
2 – Assédio Moral Horizontal
Ocorre entre colegas de trabalho com o mesmo nível hierárquico, os agressores são os próprios pares pelos mais variados motivos, desde da busca de uma promoção, competitividade, intolerância religiosa, discriminação racial, social, sexual, dentre outras, muitas vezes estimuladas por chefias ou empregadores.
3 – Assédio Moral Vertical Ascendente
É praticado pelo subordinado contra seu superior, mesmo sendo raro, esse tipo de assédio pode ser praticado por mais de um agressor.
Exemplo: uma equipe que não respeita os direcionamentos de um superior que chegou recentemente ao cargo.
4 – Assédio Moral Organizacional (Straining)
Ocorre em um modelo gerencial em que os empregados são sempre forçados a superar metas estabelecidas e a aumentar exageradamente os níveis de desempenho ou produtividade, sob constante ameaça que varia de uma simples humilhação à castigos que exponham os trabalhadores ao ridículo.
Exemplo: empresas de telemarketing já foram penalizadas por assediar seus funcionários proibindo-os de conversar entre si, ir ao banheiro e redução do horário de almoço.
Se você está passando por situação semelhante as descritas no texto, ou conhece alguém que esteja passando, procure imediatamente o SINTUPERJ ou a Comissão de Combate ao Assédio Moral da UERJ.
O e-mail da comissão que atua na UERJ é: assediomoraldenuncie.uerj@yahoo.com
Juntos podemos acabar com o Assédio Moral!
