Na assembleia dos técnico-administrativos da Uerj desta quinta-feira (26/06), a categoria fez um panorama político sobre o andamento das demandas técnico-administrativas e do serviço público em geral.
Durante os informes, a coordenadora geral do Sintuperj Cassia Gonçalves destacou o desdobramento do ato público realizado pelo Fórum Permanente dos Servidores Públicos Estaduais do Rio de Janeiro (Fosperj), no dia 17/06: uma proposta a ser levada para o Executivo por uma comissão parlamentar, que busca intermediar as negociações entre servidores e Governo, de 13,05% recomposição em julho de 2025 e mais 11% em janeiro de 2026.
Acrescentou que, em reunião posterior, o Fosperj definiu uma contraproposta resgatando os 6,525% que deveriam ter sido concedidos em 2023 e 2024. O objetivo é não deixar para trás as recomposições previstas em lei e já pagas aos servidores dos poderes Legislativo e Judiciário. Sobre a participação dos trabalhadores nas manifestações, ela afirmou que não basta os servidores apenas reclamarem privativamente. A cobrança deve ser feita principalmente de forma presencial nos atos públicos.
Cassia também afirmou que a Diretoria do Sintuperj tem procurado os Gabinetes dos deputados estaduais a fim de buscar canais de negociação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e do Plano de Cargos e Vencimentos (PCV) com o presidente da Casa Legislativa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), inclusive com diálogos com a reitora da Uenf, Rosana Rodrigues, para definir estratégias políticas. Nesse sentido, ela revelou a sugestão da deputada estadual Martha Rocha (PDT) de realização de uma Audiência Pública somente das universidades públicas.
A coordenadora também ressaltou a aprovação pela Assembleia Legislativa, no dia anterior (25/06), do projeto de lei que torna o Pré-vestibular Social do Sintuperj um patrimônio cultural imaterial.
Eleições para o Consun
Servidores lamentaram o imbróglio envolvendo a contagem de votos das eleições dos conselheiros técnico-administrativos representantes da Administração Central para o Conselho Universitário (Consun). A quantidade de votos registrados foi acima da quantidade de eleitores. Após a Assembleia, foi confirmada a anulação de uma das urnas e convocação de novo pleito para os dias 30 de junho e 1º e 2 julho. Nesse sentido, foi uma tônica a afirmação de que os conselheiros técnico-administrativos eleitos devem se fazer presentes nas assembleias, assim como ocorre com os conselheiros Jorge Luís Mattos (Gaúcho) e Cassia Gonçalves, para tomarem conhecimento dos anseios da categoria e levá-los ao Consun.
Ainda sobre as eleições, o conselheiro reeleito Gaúcho lamentou o baixo percentual de votantes já que o Conselho Universitário (Consun) é um órgão de suma importância para a comunidade universitária, em especial trabalhadores, já que muitos direitos conquistados, como os planos de carreira, são construídos nessa instância de deliberação. “É Legislativo interno da universidade, responsável pela construção das conquistas”, finalizou.
Progressões
Durante a assembleia, houve denúncias de que as questões envolvendo as progressões na carreira ainda não foram totalmente resolvidas. De acordo com relatos, os avaliadores não estão conseguindo acessar o formulário de avaliação de desempenho, comprometendo um direito garantido de técnico-administrativos.
Confira abaixo as deliberações da Assembleia de 26 de junho de 2025: