Sintuperj e Comando de Greve negociam implementação de ganhos dos técnicos

O Sintuperj e o Comando de Greve se reuniram na noite desta quarta-feira (30/08) com o deputado estadual e líder do governo na Assembleia Legislativa Edson Albertassi (PMDB). Segundo o próprio líder do governo, o objetivo do encontro era “retomar do diálogo e cumprir o que o Governo não cumpriu”. No caso dos técnico-administrativos da Uerj, a implementação de direitos dos técnico-administrativos da Universidade conquistados após a greve de 2016, e garantidos pela Lei 7.426/2016, aprovada em 2016. Entre as conquistas estão o reenquadramento do nível superior na mesma regra dos demais trabalhadores, com progressão a cada 2 anos ao invés de 3; o aumento de 10 para 16 padrões na carreira e a elevação dos servidores auxiliares para técnico universitário caso tenham concluído o ensino médio.

O deputado afirmou que tem pessoal interesse em resolver a questão pelo fato de a referida Lei ter sido resultado das negociações intermediadas por ele junto à categoria. Assim como fizera durante a greve de 2016, ele solicitou ao Sintuperj e ao Comando de Greve que levassem aos técnico-administrativos a proposta de saída de greve, mantendo-se em estado de greve. Albertassi acrescentou ainda que com esta ação os trabalhadores fortaleceriam o seu poder de negociação junto ao Governo. Ele ainda acrescentou que resolveria a questão em, no máximo, 60 dias. Incluindo neste período reuniões permanentes, inclusive, com o Governo. Afirmou ainda que, provavelmente, o prazo poderia ser reduzido para, no máximo, 45 dias. E que fez semelhante proposta em reunião com os docentes da Uerj, que culminou com a saída de greve desta categoria e agendamento da primeira reunião com o GT docente para a próxima terça-feira (05/09).

Coordenadora de Administração e Finanças, Cássia Gonçalves, ressaltou que a atual greve é proveniente da falta de pagamento dos salários, e que o 13º salário de 2016 ainda não foi pago. E que a categoria precisa ter uma segurança também quanto aos futuros pagamentos. Em resposta, o líder do Governo afirmou que não pode dar essa garantia e que, no máximo, pode afirmar que há a previsão de pagar o salário de agosto até o dia 15 de setembro. E que se isso não acontecer, ele mesmo levará os servidores até o Governo na semana seguinte.

O coordenador geral do Sintuperj, Jorge Luís Mattos (Gaúcho), também incluiu na pauta o GT de carreira cuja criação foi acordada nas negociações de saída de greve de 2016, e que discutiriam periculosidade, insalubridade e qualificação. O deputado afirmou que também tocara a questão, mas que a prioridade agora é implementar o que já está em Lei.

Por fim, em um telefonema dado durante a reunião, o parlamentar agendou uma primeira reunião entre a categoria e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social (Sectids), caso os trabalhadores deliberem pela saída de greve e manutenção do estado de greve. Será na próxima terça-feira (05/09), às 13h, na sede da Sectids.