Susto no Hupe: vigilantes controlam incêndio em equipamento do hospital

Os trabalhadores e usuários dos serviços do hospital Universitário Pedro Ernesto da Uerj (Hupe) tiveram que, mais uma vez, contar com a sorte na noite desta quarta-feira, 05/07. A equipe de segurança agiu rápido e evitou um desastre de grandes proporções na unidade por volta das 22 horas, após um dos equipamentos do Hospital sofrer um incêndio e a fumaça atingir setores como a Unidade Coronariana (UCO). Com a ação rápida dos trabalhadores, o que poderia se transformar em um drama não passou de um susto, e a ocorrência terminou sem consequências graves ou feridos.

O episódio desta quarta-feira revela uma faceta com a qual os trabalhadores e usuários do Hupe tem que lidar há muito tempo: o sucateamento das instalações e equipamentos da unidade, que mantém a excelência no atendimento unicamente pela dedicação de servidores, residentes e trabalhadores terceirizados. Com os sucessivos cortes de verbas e atrasos de repasses por parte do Governo do Estado, necessidades latentes como obras de infraestrutura, readequação e modernização de espaços, e manutenção de equipamentos (muitos destes importados e com necessidade de revisão periódica), a maior unidade do complexo de serviços de saúde da Universidade sofre com o abandono e com o descaso, que atinge também os servidores.

Outro ponto a ser ressaltado é a necessidade de exigir o respeito, por parte do Governo do Estado, aos direitos dos trabalhadores. Com os sucessivos atrasos de salários, os servidores da Uerj não estão conseguindo sequer ter recursos financeiros para se alimentar ou comparecer aos seus postos de trabalho, o que provoca um esvaziamento nas clínicas e setores do hospital. Sem a supervisão permanente dos trabalhadores em toda a unidade, casos como o incêndio desta quarta-feira podem tomar enormes proporções, como foi o caso do incêndio ocorrido no Hupe em 04/07/2012 (o episódio completou cinco anos na última terça-feira), que destruiu o almoxarifado do hospital e provocou a morte de um paciente. É necessário e urgente que o Governo do Estado e a própria Uerj cumpram as leis e garantam o quadro efetivo de servidores com todos os seus direitos respeitados, pois são estes que zelam todos os dias pelo patrimônio da Universidade.