Atendendo à convocação do Sintuperj, técnico-administrativos ocuparam a assistência do Conselho Universitário (Consun) durante a sessão realizada na última sexta-feira (09/05).
Em diversos momentos, os trabalhadores se manifestaram cobrando da Administração da universidade o andamento das reivindicações da categoria, bem como a garantia de direitos conquistados. Inclusive para os trabalhadores contratados do Hospital universitário Pedro Ernesto que, uma vez mais, estavam com seus salários atrasados.
O conselheiro Márcio Silas cobrou da Reitoria esclarecimentos sobre o porquê da opção da Reitoria pelo cartão refeição e não pela majoração do auxílio alimentação no contracheque, como aprovado pelo Consun em 2024 na proposta orçamentária para 2025, e qual o custo para a universidade junto à empresa que assumir a gestão desses cartões.
O conselheiro também fez duras críticas ao atraso dos salários dos trabalhadores contratados do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), que já representam quase 51% do quadro funcional do Hupe. Além das precárias condições de vida e de trabalho para estes funcionários, os atrasos impactam o atendimento. Silas afirmou que uma das consequências tem sido o cancelamento de cirurgias. Ele também reiterou o pedido de alterações no Aeda que possibilita servidores terem múltiplos vínculos com projetos, com acúmulo de carga horária impraticável.
O conselheiro Jorge Luís Mattos (Gaúcho) solicitou atualizações sobre o andamento da questão envolvendo a regressão de técnicos aposentados da categoria de T2 para T1 pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). E afirmou que, na condição de não ter havido avanços, seria necessária nova investida junto ao TCE. Também voltou a reivindicar a majoração do auxílio excepcional para R$ 1.500,00, como prevista na resolução do Consun de 2024 que aprovou a proposta orçamentária de 2025. E cobrou o andamento de solicitações paradas há mais de um ano na Superintendência de Gestão de Pessoas (SGP) de aposentados com direito à pecúnia por licenças não usufruídas.
Em resposta às reivindicações, a presidente do Consun e reitora da Uerj, Gulnar Azevedo, afirmou que a Administração Central da universidade continua trabalhando pela majoração do auxílio alimentação no contracheque, porém é de mais difícil consecução. E que a sugestão de um cartão refeição se deve ao fato de, em tese, ser mais factível. Acrescentou ainda que há um estudo sobre a possibilidade de se usar o auxílio refeição em mercados, e que o Estado não permite o pagamento deste direito via pix. Diferente do que ocorre, segundo ela, na esfera federal. Afirmou ainda que a universidade não teria nenhum custo junto à empresa que faria gestão do cartão refeição, pois esta receberia do estabelecimento onde o cartão será utilizado.
Sobre os salários atrasados dos trabalhadores contratados, ela afirmou que a Secretaria de Estado de Saúde resolveria a questão até o dia 10 de maio. E que até junho seria finalizado os trâmites para que os contratos vinculados aos projetos do Hupe ganhassem maior robustez trabalhista.
Sobre o pagamento de pecúnias, ela afirmou que a universidade tem pago a lista de contemplados aos poucos porque os recursos são limitados, já que saem da mesma rubrica de pagamento dos demais servidores.
Por fim, a reitora afirmou que há uma necessidade de uma nova reunião com o TCE para saber como está o andamento da situação de regressão de aposentados da categoria T2 para T1, já que, segundo ela, o próprio presidente do Tribunal afirmara na última reunião que o órgão ajudaria a Uerj.
Com imagem extraída da TV Uerj.