Os servidores públicos estaduais deram a largada para a luta pela recomposição salarial no ano de 2025. Mobilizados em ato convocado pelo Movimento Recomposição Salarial Já!, organizado por entidades ligadas ao Fosperj e à área da segurança pública, os trabalhadores compareceram à Alerj nesta terça-feira, 04/02, data que marca o início dos trabalhos na casa legislativa neste ano. Em pauta, a exigência pelo cumprimento do acordo de reajuste e recomposição salarial assumido no ano de 2021 pelo Governo do Estado e não cumprido na sua integralidade, e a lembrança aos parlamentares da Alerj de que esse acordo foi firmado com interferência da casa, ou seja, os deputados têm a responsabilidade de cobrar do governador o atendimento imediato dessa demanda. O Sintuperj, uma das entidades que compõem o Fosperj, esteve presente com sua Diretoria Executiva, da qual estiveram presentes as coordenadoras gerais Regina Souza e Cassia Gonçalves, o coordenador Social, Cultural e de Esportes Sérgio Dutra, e a conselheira fiscal Ednalda Ferreira, além de membros da base de servidores da Uerj.

Para a participação neste ato, a mobilização iniciou já na convocação para a Assembleia Geral Extraordinária realizada em 03/02, na qual foi deliberada pelo coletivo paralisação de 24 horas no dia 04/02 para participação dos servidores da Uerj no ato. Também na manhã de 04/02 foi feita uma atividade de agitação e propaganda no hall dos elevadores do Pavilhão João Lyra Filho, convocando os trabalhadores da universidade a se somarem à luta por seus direitos.
No ato em frente à Alerj, as falas deram o tom da mobilização. Os representantes das entidades ligadas ao movimento destacaram a importância do funcionalismo público estadual, que não esmoreceu e desempenhou suas atividades nos momentos mais complicados do Estado do Rio de Janeiro, incluindo a pandemia de Covid-19, entre os anos de 2020 e 2022. A principal reivindicação feita durante as intervenções dos líderes sindicais foi que a Alerj busque intermediar o diálogo com o Executivo estadual para que a recomposição seja efetivada.
Em sua intervenção no ato, a coordenadora geral do Sintuperj Cassia Gonçalves afirmou que os servidores do Executivo estadual não são trabalhadores de segunda categoria, e lembrou que o acordo feito para a concessão do reajuste acabou com o direito ao triênio para os novos servidores e foi imposto para os trabalhadores, que não foram sequer chamados para a mesa de negociação. Cassia finalizou sua fala reivindicando que o presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacelar, busque de maneira urgente uma reunião com o governador Claudio Castro com o objetivo de garantir as recomposições atrasadas.
O ato também recebeu apoio de parlamentares da Alerj, que foram prestar solidariedade à luta dos trabalhadores em defesa da recomposição salarial. A esses deputados, foi solicitado que auxiliassem na intermediação com a presidência da Alerj em busca da valorização dos servidores do funcionalismo público estadual.
Ao final do ato, uma comissão de representantes de diversas categorias de trabalhadores teve acesso às galerias do plenário da Alerj e acompanhou a cerimônia de posse do presidente da casa, Rodrigo Bacelar, que foi reconduzido ao cargo. Nessa cerimônia, estava presente o governador Claudio Castro, que sinalizou aos servidores presentes a intenção de resolver a questão da recomposição. Bacelar, ao final da cerimônia, propôs a formação de uma grupo de trabalho com deputados estaduais e representantes das categorias do funcionalismo público estadual. Pelo Sintuperj, o responsável por acompanhar os trabalhos dessa comissão será o coordenador Sérgio Dutra, que também já acompanha os trabalhos do Fosperj.