O conselheiro Jorge Luís Mattos (Gaúcho) iniciou o expediente reiterando a demanda pela equiparação salarial dos técnicos de Enfermagem da Uerj contratados que estão recebendo valores inferiores aos previstos na Lei que instituiu o piso salarial nacional da Enfermagem (14.434/2022). Gaúcho lembrou que as discussões sobre a questão já haviam sido iniciadas com a Reitoria antecessora, e que, com a transição para a nova gestão, é necessário não deixar a demanda cair no esquecimento.
O conselheiro também solicitou informações quanto ao andamento ou possíveis reuniões para tratar da reformulação do plano de carreira dos técnico-administrativos da Uerj.
O conselheiro Alberto Dias fez um resgate histórico sobre plano de carreira ressaltando a sua importância institucional e para os trabalhadores. Ele lembrou que durante os anos 1990 foi construído um movimento dentro da categoria técnico-administrativa chamado Mova-se (Movimento de Valorização dos Servidores), cuja principal pauta era a instituição de um plano de carreira. O conselheiro defendeu que o plano de carreira continue sendo um instrumento de união dentro da universidade, a fim de que o mesmo possa ser lapidado e melhorado sem ser fonte de batalhas que dividam a categoria.
Em resposta às demandas apresentadas, o vice-reitor da Uerj, Bruno Deusdará, afirmou que a Reitoria verificará o que está faltando para a adequação salarial do técnicos de Enfermagem ao piso salarial. Ele acrescentou que a Administração Central esteve em duas ocasiões no Tribunal de Contas manifestando a intenção de seguir as determinações deste órgão, entre elas a adequação pela universidade de que estes contratos sejam reconhecidos como temporários.
Acerca do plano de carreira, Bruno afirmou que no dia da posse da nova Reitoria, o governador do Estado, Cláudio Castro, ratificou que conhecia detalhadamente a demanda e que se comprometia com a pauta chamando a atenção para os desafios orçamentários do Estado do Rio de Janeiro. Bruno acrescentou que a Reitoria já teve reuniões na Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), com o secretário Mauro Azevedo, onde teve boa interlocução, bem como na Secretaria de Estado de Planejamento (Seplag), onde foi ratificada a necessidade de dar andamento ao trabalho que já foi iniciado. O vice-reitor sugeriu o agendamento de uma data com conselheiros universitários e com o Sintuperj, para assim construir caminhos. Ressaltou ainda a importância da mobilização ampla da comunidade universitária, e, reiterando as palavras do conselheiro Alberto, acrescentou que o plano de carreira é um dispositivo de solidariedade entre os todos os membros de uma mesma categoria, sendo fundamental para a construção estratégica da universidade e de valorização dos trabalhadores.
Sobre o crachá para que os aposentados tenham acesso às unidades da universidade, o vice-reitor afirmou que será estudada uma forma de identificação dos inativos da universidade para o seu acesso ao Hospital Pedro Ernesto.
Os conselheiros universitários e coordenadores do Sintuperj Cassia Gonçalves e Carlos Alberto Silveira não puderam comparecer à sessão devido a uma cirurgia de emergência a qual o conselheiro Carlos Alberto foi submetido.