Dia histórico para as universidades públicas estaduais do Rio de Janeiro. Na última quinta-feira (19/10) foi lançada a Frente Nacional em defesa da Educação Pública.
Reunidos na Concha Acústica do campus Maracanã da Uerj, entidades de todo o Brasil e de países como o México, levaram todo o apoio à luta em defesa do ensino público, gratuito e de qualidade.
A mobilização, que visa dar origem a uma resistência de âmbito nacional ao desmonte do ensino público, teve como ponto de partida as três universidades estaduais: Uerj, Uenf e Uezo. As três instituições enfrentam uma crise jamais vista de desfinanciamento, que atingiu o seu ápice com os recorrentes atrasos salariais, de bolsas estudantis, dos repasses das empresas que prestam serviço à universidade, além do não repasse de verbas de custeio.
As diversas falas ressaltaram que, apesar de as universidades públicas estaduais atravessarem gravíssima crise, o desfinanciamento do ensino público atinge a todo o país. E faz parte de um projeto que visa a recolonização do Brasil, com vistas à formação de mão de obra acrítica e barata.
Outro exemplo de referido projeto de destruição da Educação pública foi os cortes promovidos nas agências de fomento, visando colocar o país em posição subalterna no cenário mundial no que tange à pesquisa e à produção de conhecimento e tecnologia.
Em sua intervenção, o coordenador geral do Sintuperj Jorge Luís Mattos (Gaúcho) lembrou que Os servidores da Uerj estão “há dois anos sofrendo atrasos”, além do não terem recebido o 13° salário de 2016. “Isso é o que o braço direito do Temer faz. Mas para todo veneno existe um antídoto, que está aqui. Não conheço movimento que não tenha participação efetiva de vocês estudantes” conclamou.
Após os pronunciamentos, a mobilização saiu em passeata em direção ao Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), em São Cristóvão, encerrando-se em frente ao Instituto Superior de Ensino do Rio de Janeiro (Iserj).
Também estiveram presentes à mobilização os coordenadores gerais do Sintuperj Antônio Virgínio e Regina de Souza, a coordenadora de Formação e Comunicação Sindical, Loana Saldanha, e a coordenadora de Saúde e Segurança do Trabalhador, Simone Damasceno.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), os deputados estaduais Eliomar Coelho (PSoL), Enfermeira Rejane (PCdoB) e Gilberto Palmares (PT), e o vereador Renato Cinco (PSoL) estiveram presentes à mobilização.
Apesar de você…
Durante a passeata, um policial militar que comandava a guarnição que acompanhava os manifestantes, lançou três bombas de efeito moral e lacrimogêneo nos manifestantes, na altura do estádio do Maracanã. O policial já portava os artefatos em uma mochila, de onde as tirou e lançou na passeata. Apesar da truculência, os manifestantes se reagruparam e seguiram com a passeata.
