Os técnico-administrativos da Uerj realizaram assembleia na última terça-feira (29/04) na qual defenderam o recrudescimento da mobilização em prol da efetivação de direitos, como a reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS); o restabelecimento do pagamento dos auxílios saúde e educação; e as majorações dos auxílios alimentação e excepcional.
O último ato público da categoria, realizado no dia 15/04 e que culminou com ida à Reitoria, foi bem avaliado. Tanto pela grande presença de trabalhadores quanto pela pressão feita sobre a Administração da universidade. Diante disso, os servidores reafirmaram a importância de o conjunto dos técnicos ampliar sua participação nas mobilizações a fim de pressionar ainda mais tanto Reitoria quanto Governo para o cumprimento dos compromissos assumidos em suas respectivas campanhas eleitorais.
Na abertura da Assembleia, a coordenadora geral Regina Souza afirmou que existe um esquivo por parte do Governo com relação à retomada do diálogo com o sindicato, em um claro compasso de espera para a adesão do Estado ao Propag. Mas, de acordo com a coordenadora, a palavra empenhada pelo Governo não tem relação com Propag. Ela reiterou que a categoria técnico-administrativa precisa demonstrar sua importância institucional. “Sem técnico a Uerj não funciona”, afirmou.
Coordenadora geral, Cassia Gonçalves reiterou que apesar de o Governo estar se esquivando o Sintuperj continua buscando agenda a fim de retomar as negociações sobre as reivindicações da categoria. Cassia ainda reiterou a reformulação do PCCS como prioridade da luta dos técnicos, tendo em vista que todos os ganhos nele contidos têm força de lei e não podem ser suprimidos arbitrariamente como ocorreu com os auxílios saúde e educação. “Todos têm que falar a mesma coisa”, acrescentou. Garantiu ainda que somente a mobilização da categoria vai provocar desconforto tanto para Reitoria quanto para o Governo.
O delegado sindical Sintuperj Hupe Jorge Luís Mattos (Gaúcho) fez duras críticas à Administração da Uerj por seguidamente ocasionar problemas aos técnico-administrativos, como no caso da supressão do pagamento do auxílio excepcional e o não recebimento de comprovante de curso do Capacit, tendo o sindicato que desviar suas atenções do avanço de outras reivindicações para a retomada de direitos já garantidos. Ressaltou ainda a falta de avanços por parte da universidade com relação à regressão de servidores aposentados da categoria T2 para T1 realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), lembrando que já faz mais de um mês desde a última reunião no TCE, com a participação de Sintuperj e Reitoria, e até o dia da assembleia ainda não havia tornada público o envio de uma peça institucional, como sugerido pelo presidente do TCE, Márcio Pacheco.
Como resultado dos debates, os trabalhadores aprovaram deliberações que visam ampliar a luta da categoria. Confira as deliberações da Assembleia de 29 de abril de 2025 e a moção de repúdio aprovada:
Moção de repúdio