Uma comissão de lideranças sindicais do “Movimento Recomposição Salarial, Já!”, do Fórum Permanente dos Servidores Públicos Estaduais do Rio de Janeiro (Fosperj), esteve na Assembleia Legislativa (Alerj) para a primeira reunião com o Grupo de Trabalho (GT) parlamentar que visa discutir caminhos para o pagamento das duas parcelas das recomposições salariais não pagas aos servidores públicos vinculados ao poder Executivo. O GT foi instituído pelo presidente da Casa legislativa, deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil).
Os servidores levaram documentos aos parlamentares e enfatizaram o início das negociações com a Casa Civil, que não foram mais retomadas pelo Governo apesar das cobranças dos trabalhadores, inclusive com manifestações públicas. As lideranças sindicais reivindicaram um posicionamento dos parlamentares sobre a demanda e uma intermediação dos parlamentares junto ao Executivo.
Durante a primeira discussão, os parlamentares defenderam consensualmente o pagamento das recomposições o mais rápido possível, a fim de interromper a falta de isonomia entre os servidores dos poderes Legislativo e Judiciário, que receberam as recomposições previstas para o início dos anos de 2023 e 2024, e os servidores do Executivo.
Com conhecimento de causa, a parlamentar e enfermeira Lilian Behring (PCdoB), que também é servidora pública estadual, afirmou que os servidores precisam da recomposição, e que o não pagamento representa o empobrecimento dos servidores, devido à perda do direito de consumo, afetando inclusive à saúde mental. Ela ressaltou seu comprometimento com a luta pelo pagamento imediato das recomposições, ratificando que representa não apenas os servidores públicos, mas toda a categoria da Saúde.
Um dos parlamentares mais ativos na defesa dos direitos dos servidores e autor das emendas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025 que preveem o pagamento das recomposições, o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa (PSD), defendeu a correção das folhas de pagamento dos servidores do Executivo de acordo com os percentuais não pagos das recomposições (13,05%), assim como o pagamento dos retroativos.
Ficou acordada um novo debate entre o GT e a comissão de representantes das lideranças sindicais do Fosperj após o Carnaval, em data a ser definida.
Também participaram da reunião os parlamentares Flavio Serafini (PSoL), Marcelo Dino (União Brasil), Sérgio Fernandes (PSD), Elika Takimoto (PT), Marina do MST (PT), e a coordenadora geral do Sintuperj Cassia Gonçalves.