Dia do Trabalhador e a retomada do protagonismo

Após quatro anos de políticas federais extremamente nocivas à classe trabalhadora, o 1º de Maio de 2023 marca a retomada de um viés político que realoca os trabalhadores e a geração e formalização de empregos como centro das ações em âmbito federal. Em que pese a reduzida conscientização de classe que acompanhou a ascensão econômica das classes populares nos primeiros governos petistas, fato é que os avanços sociais rumo à redução da desigualdade social, do provimento de direitos básicos, entre outros fatores do desenvolvimento social, voltam a figurar na política nacional.

Ante o novo cenário, para além da necessidade de constante vigilância às investidas das classes dirigentes e seus representantes contra os direitos sociais, os trabalhadores precisam retomar seu papel como atores principais nas instituições políticas representativas e nas ruas. Ninguém conhece de maneira mais ampla e profunda os graves problemas sociais no Brasil do que os trabalhadores, sejam eles formais ou, principalmente, os informais. Ambos responsáveis por fazer a Economia do país se movimentar, o que ficou ainda mais visível com o isolamento social durante o ápice da pandemia de Covid-19, é a classe trabalhadora que vivencia cotidianamente os percalços do sistema de transportes, a precariedade da Saúde e Educação públicas, a ausência de Saneamento, entre outras áreas essenciais às condições de vida. Inclusive, são os primeiros a sentirem os efeitos das mudanças climáticas, como enchentes, elevação da energia elétrica etc.

Contudo, o reacionarismo da extrema direita que insurgiu nos últimos anos ainda não foi totalmente dissipado. E provavelmente não será em futuro próximo. Para tal, entre outras medidas, será necessária a conscientização de classe mencionada anteriormente. Portanto, mais do que lutar por avanços no campo social – sobretudo na Educação, mas não somente – a classe trabalhadora precisará resistir à onda de ódio que permanecerá ativa na cena política e que tem como alvo as populações mais pobres e excluídas. Justamente aquelas que produzem a riqueza desse país.