NOTA DE PESAR: Yasminny Couto Ribeiro

O Sintuperj vem por meio desta nota prestar apoio e solidariedade neste momento difícil ao companheiro José Carlos Arruda, quadro histórico do Sindijustiça-RJ, e também reivindicar que seja feita justiça à Yasminny Couto Ribeiro, mais uma vítima de feminicídio em nossa sociedade.

Não podemos aceitar que esse tipo de violência contra as mulheres em nossa sociedade continue acontecendo. Justiça para Yasminny! Justiça para todas as mulheres! Pelo direito à vida e a dignidade delas!

Diretoria Executiva do Sintuperj

Quadriênio 2023-2026

Confira a nota publicada pelo Fosperj sobre o ocorrido


Feminicídio: FOSPERJ repudia assassinato de Yasminny Couto Ribeiro, em Sumidouro (RJ)

Nota de pesar ao companheiro José Carlos Arruda, padrasto de Yasminny e servidor aposentado do TJRJ

Yasminny Couto Ribeiro era mulher, farmacêutica, tinha apenas 28 anos de idade quando, no último dia 2 de fevereiro, foi brutalmente assassinada por um ex-namorado que já a ameaçava há três anos. O crime aconteceu na cidade de Sumidouro, região serrana do Rio. Este é mais um caso de feminicídio no estado e que representa, infelizmente, uma realidade que ainda está muito longe de acabar.

O assassino, Willian Hottz da Silva, de 32 anos, foi capturado pela polícia logo após o ocorrido e já foi transferido para o presídio de Benfica, no Rio de Janeiro. Antes do crime, no entanto, Yasminny já o havia denunciado e estava sob medidas protetivas do Judiciário. Mesmo assim, Willian continuava solto e planejou o assassinato de sua ex-namorada, fazendo tudo de forma premeditada.

Este é o tipo de feminicídio mais recorrente,  inserido no contexto de uma relação íntima de afeto marcado por inúmeras ameaças, que infelizmente não foram tratadas com a devida seriedade, deixando o criminoso solto e pronto para efetivar o crime. Para evitar que a morte de Yasminny não seja reduzida a mais um número é preciso garantir que medidas protetivas funcionem e as denúncias sejam levadas a sério pelas autoridades. Não faltam leis de proteção aos direitos das mulheres, mas estas precisam ser efetivas.

Garantir que a justiça seja feita não vai acabar com  a dor, o luto pela perda de uma mulher jovem, cheia de sonhos e vida, mas ao menos vai servir para que outras mulheres não passem pela mesma situação e entrem para as estatísticas desastrosas de feminicídio em nosso estado.

O Fórum Permanente dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (FOSPERJ), e todas as entidades sindicais e associativas que o compõem, oferece sentimentos à família de Yasminny, em especial ao seu padrasto José Carlos Arruda, servidor público aposentado do Tribunal de Justiça do Estado, que participa ativamente do Fórum e da luta pelos direitos dos servidores. Arruda esteve na fundação do FOSPERJ e já foi diretor do Sindjustiça-RJ, entidade de classe representativa dos trabalhadores do TJRJ.

A revolta e a indignação de sua família também é do Fórum, que exige do Ministério Público total empenho, do Judiciário uma condução processual célebre e do Tribunal do Júri uma punição e condenação ao assassino. Chega de feminicídio, de assédio e ataques contra as mulheres. Essa precisa se tornar uma luta incessante de toda a sociedade. Yasminny Ribeiro, presente!