Servidores públicos realizaram o “Dia Estadual de Luta contra as Reformas” em frente à Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (21/09). O objetivo foi dizer um grande “não” ao pacote de medidas que acaba com direitos dos servidores públicos enviado pelo governador do estado, Cláudio Castro, à Alerj e que teria o seu primeiro dia de votação no plenário.
Durante a manifestação, os diversos pronunciamentos ressaltaram que os ataques aos direitos dos servidores públicos têm como fim acabar com o próprio serviço público. Com a precarização das condições de vida e de trabalho dos servidores os concursos públicos tornam-se pouco atrativos e, desta forma, abre-se caminho para as indicações políticas aos cargos públicos.
À população dependente dos serviços públicos restaria a descontinuidade de sua prestação, tendo em vista, entre outros fatores, a rotatividade e constantes reestruturações oriundas das indicações, bem como a desqualificação e despreparo dos ocupantes dos cargos. “Eles querem acabar com o serviço público. Querem que o serviço não seja atrativo para colocar quem eles quiserem, os apadrinhados, as Organizações Sociais, e depois retornar em dinheiro para o bolso do próprio político”, alertou a coordenadora geral Cassia Gonçalves. Ela ainda afirmou que a população tem que ter cuidado em quem votará nas eleições para reverter a desonra e garantir a honestidade no âmbito político. E traçou um paralelo com a situação no serviço público federal, destacando que apesar das medidas de arrocho dos direitos servidores, há 20 anos sem reajuste, os rendimentos do Executivo continuam aumentando.
Aos transeuntes do entorno da Praça Mario Lago, onde se concentravam os trabalhadores, as intervenções também lembravam que sistematicamente o conjunto da classe trabalhadora é quem paga a conta pelos desmandos administrativos praticados pelos diversos governos que se sucederam nos últimos anos no estado do Rio de Janeiro. E destacaram que o pacote de medidas enviado por Cláudio Castro é o maior ataque ao servidor público já realizado.
No interior da Casa legislativa, os projetos que incluem tais medidas receberam centenas de emendas a fim de, entre outras coisas, amenizar a sua nocividade. Diante do cenário, serão realizadas novas rodadas de audiência públicas sobre os projetos antes que eles sejam levados novamente à votação.
Pelo Sintuperj, estiveram presentes ao ato público as coordenadoras gerais Cassia Gonçalves e Regina de Souza, a coordenadora de saúde e Segurança do Trabalhador, Simone Damasceno e o coordenador Jurídico Sérgio Dutra.
