A Comissão de Saúde da Alerj realizou Audiência Pública para debater a falta de atendimento de pacientes que necessitam do serviço de hemodiálise pelos Sistema Único de Saúde e clínicas conveniadas, na última terça-feira (29/08). Entre os problemas debatidos estavam a capacidade reduzida das clínicas conveniadas ao SUS para atender a esses pacientes. Além disso, não contam em sua maioria com serviço de pronto atendimento adequado sendo necessário muitas vezes acionar o Serviço de atendimento Médico de Urgência (Samu) para que os pacientes sejam estabilizados na rede pública. Foram ressaltadas ainda as frequentes intercorrências após a realização das hemodiálises, como hipotensão arterial e fraqueza.
Segundo a nefrologista Bianca Gouvêa (UFF/UERJ), a atenção maior deve ser dada ao custo desnecessário gerado por paciente em virtude da inexistência de um centro facilitador para que os pacientem sejam submetidos a diálise peritoneal e a implantação da fístula. Cerca de 85% dos pacientes precisam de leitos nas clínicas, mas o SUS só custeia no máximo 3 sessões de hemodiálise por semana.
Outro grande problema são os descredenciamentos por conta das clínicas, que alegam atrasos constantes e até falta de pagamento.
Os membros da Comissão concluíram que há necessidade de uma nova Audiência Pública, possivelmente em setembro, e que é imprescindível apurar a situação dos repasses, e no caso de irregularidades serão acionados o Ministério Público e a Polícia Federal.
Imagem: Imprensa Alerj
