Assembleia vota paralisação dia 05 de outubro e ato na Alerj contra votação do pacote de maldades

Os técnico-administrativos das universidades públicas estaduais fluminenses deliberaram paralisação das atividades na próxima terça-feira (05/10). O objetivo é que os servidores reforcem a manifestação do funcionalismo público que ocorrerá em frente à Assembleia Legislativa (Alerj), que deverá votar o pacote de medidas que retiram direitos dos servidores públicos.

Durante a assembleia, os trabalhadores ressaltaram a grande importância de os servidores se mobilizarem em defesa da manutenção dos seus direitos e das próximas gerações de concursados. E assim lutar pela garantia de existência do próprio serviço público, do qual são dependentes milhões de pessoas em todo o país como única forma de terem garantidos seus direitos sociais. Entre as supressões de direitos estão o fim dos triênios, o estabelecimento de teto de gastos e o fim dos concursos públicos para novos quadros. Corroborando com a necessidade da presença em peso dos servidores à manifestação na Alerj, a coordenadora geral do Sintuperj Cassia Gonçalves revelou que nos bastidores da Casa legislativa existe um movimento favorável à retirada de direitos dos futuros servidores.

Por sua vez, a coordenadora geral Regina de Souza ressaltou que os servidores públicos precisam estar atentos à efetivação pelo governo do Estado da recomposição salarial de 23% que teve sua autorização aprovada pela Alerj, a ser pago em três parcelas: 50% em janeiro de 2022, 25% em 2023 e mais 25% em 2024. Analisando a conjuntura política dos próximos anos, Regina afirmou que existe o risco maior de as duas últimas parcelas não serem concretizadas.

Diversos servidores se manifestaram favorável à utilização do termo “paralisação” para marcar o movimento paredista da próxima terça-feira, inclusive sob orientação do advogado do Sintuperj Eduardo Magalhães que participou da assembleia, como forma de evitar prejuízos judiciais ao sindicato e à imagem dos servidores frente ao restante da sociedade. Para isso, e estimulados pela direção do Sintuperj, a maioria dos participantes da assembleia teve a sensibilidade de analisar o momento atual, marcado principalmente pelo empobrecimento da população e pela pandemia da Covid-19 e as mortes resultantes. Em nome da direção do Sintuperj, coordenadora Cassia descartou qualquer possibilidade de realização de greve por tempo indeterminado na situação em que se encontra a universidade, sem qualquer possibilidade de movimento grevista no Hospital Universitário Pedro Ernesto e na Policlínica Piquet Carneiro, que estão na linha de frente e são referências no combate à Covid-19.

Uenf

Os delegados sindicais na Uenf Cristiano Maciel e Maristela Dias destacaram que, apesar de já aprovadas as concessões, os servidores da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) ainda não receberam o auxílio tecnológico, a diferença do auxílio alimentação e o reajuste no auxílio creche. Cristiano ainda destacou que delegados da Uenf têm comparecido todas as quartas-feiras aos espaços governamentais, como Casa Civil e Alerj, para acompanhar in loco a tramitação das pautas da universidade.

A coordenação geral do Sintuperj ressaltou que ao longo do período da pandemia trabalhou igualmente para que os técnico-administrativos de Uerj, Uenf e Uezo fizessem jus aos mesmos direitos. No entanto, e revelando diálogos com deputados estaduais, a coordenação geral ressaltou que os parlamentares afirmaram que falta maior empenho da Reitoria da Uenf junto ao governo para que as demandas dos técnico-administrativos sejam efetivadas.

Confira abaixo as deliberações da Assembleia de 30 de setembro de 2021:

Deliberações da Assembleia de 30 de setembro de 2021