Trabalhadores vão às ruas contra Reforma da Previdência

Trabalhadores de todo o país promoveram o Dia Nacional de Mobilização contra a reforma da Previdência no último dia 22 de março. Foi o início de uma série de atos públicos que visam barrar a proposta de reforma em trâmite no Congresso Nacional, e que traz uma série de retrocessos sociais. Entre eles, o fim da aposentadoria por tempo de serviço e estabelecimento de idade mínima, o aumento de tempo de serviço para as mulheres em comparação com os homens, entre outras medidas.

Os manifestantes foram às ruas conscientizar a população de que, diferente do discurso do Governo, a reforma da Previdência não acaba com os privilégios. Ao contrário, ela aprofunda as desigualdades sociais à medida que suas alterações atingem diretamente os direitos da classe trabalhadora em geral, aliviando as elites econômicas do país, como grandes empresários, banqueiros, rentistas, entre outros. Nesse sentido, os pronunciamentos lembraram que diversas empresas possuem dívidas milionárias com a Previdência, contribuindo determinantemente para o alegado “rombo” da Previdência. Rombo esse que também é falácia do Governo federal, como já foi demonstrado pela Comissão Parlamentar de Inquérito presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que investigou as contas previdenciárias e atestou que elas são superavitárias. Ainda segundo o relatório final da CPI, empresas privadas devem R$ 450 bilhões à Previdência.

No Rio de Janeiro, os protestos se concentraram na Candelária e contou com a presença de parlamentares. Pelo Sintuperj, esteve a coordenador geral Cássia Gonçalves.